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Em 2008, Edgard Corona já era conhecido pela sua rede de academias high end Bio Ritmo. Mas se a Academia Bio Ritmo atendia plenamente as classes A/B, como levar a atividade física para todos? Como democratizar a atividade física, mas sem perder qualidade?
Há uma história que Edgard Corona gosta de contar para explicar a necessidade da Smart Fit no Brasil: um dia, chegando para visitar a Bio Ritmo Paulista, ele parou num café do Conjunto Nacional. Ao conversar com a atendente ele perguntou: “O que você acha da academia que tem aqui, a Bio Ritmo?”. Ela respondeu que adoraria frequentar uma academia daquele padrão, mas era muito cara para ela…
Para fazer da ideia uma realidade o empresário procurou por benchmarking internacional. No mesmo ano, participou do encontro da IHRSA, nos Estados Unidos, e conheceu um movimento já estabelecido no exterior, mas ainda novidade no Brasil: academias low cost.
Este formato cobrava em torno de 20 dólares a mensalidade.
Para conhecer melhor o modelo, cruzou os Estados Unidos, visitando as academias. Ao voltar ao Brasil, Edgard estava decidido de abrir a Smart Fit e não cobrar mais de R$ 49,90 a mensalidade, um preço muito abaixo das demais academias (em torno de, no mínimo, R$ 300).
O conceito incorporava o que havia de melhor e mais moderno em equipamentos, arquitetura e decoração. Foi uma disrupção que balançou o mercado, dividido entre academias voltadas para a classe A, com mensalidades altíssimas, ou academias de bairro, mais baratas, mas precárias.
A primeira Academia Smart Fit inaugurou em 2009, em São Paulo (Morumbi), logo seguida por mais academias na Capital Paulista, Rio de Janeiro, Brasília e Porto Alegre. No mesmo ano, o Grupo contratou o Instituto Gallup para realizar medições e implementar métricas de satisfação de clientes, ouvidoria e engajamento de funcionários. Foi a primeira rede de academias de ginástica do mundo a contratar este tipo de serviço
Nos primeiros cinco anos de operação, a Smart Fit elevou a receita do Grupo Bio Ritmo de R$ 40 milhões para R$ 420 milhões, aumentando em oito vezes a quantidade de clientes, de 70 mil para 580 mil alunos.
O segredo? Atender a enorme demanda reprimida no país.
Houve quem perguntasse se as Smart Fit iriam “roubar” clientes das próprias Bio Ritmo. Nunca foi uma preocupação de Edgard Corona, que sempre afirmou que se fosse perder clientes, que fosse para ele mesmo.
E houve, também, quem duvidasse tanto que perguntavam se R$ 49,00 era por dia de treino, por exemplo. Não havia nada sequer parecido com a Smart Fit no Brasil. Ela quebrou padrões e mexeu com o mercado de academias.
Mas para dar certo, este modelo de negócio (baixo custo/alta qualidade) precisava de um componente fundamental: capilaridade, ou seja, mais e mais academias em todo o país. Para isso foi foi fechada uma parceria em 2010 com o fundo de investimentos Pátria , para um aporte inicial de R$ 70 milhões
Em 2011, mais 18 Unidades foram abertas e a Smart Fit chegou ao México com 4 unidades iniciais, tornando-se a primeira rede de academias brasileira a conquistar o mercado internacional. Em 2012, foram mais 29 unidades, com o início da expansão no Nordeste e Centro-Oeste. Em 2013, mais 35 novas unidades, e o Grupo se tornou o 11º maior do mundo, passou a fazer parte das 25 maiores empresas do mundo no mercado fitness, segundo ranking da IHRSA (International Health Racquet & Sportsclub Association), e uma das 10 entre as redes de academias que mais cresceram naquele ano. Em 2014, mais um pulo na América Latina, chegando ao Chile.
No mesmo ano foi inaugurado o projeto Garrido, em São Paulo. Nilson Garrido é um ex-pugilista que, ao deixar o ringue, decidiu ajudar as crianças e adolescentes de rua através do esporte. Durante 13 anos, ele trabalhou embaixo de grandes viadutos, utilizando o que pudesse conseguir para montar os treinos e manter os jovens longe das drogas.
Vendo a importância dessa iniciativa, a Smart Fit doou todos os equipamentos necessários para que Garrido tivesse a academia dos sonhos.
A expansão foi sempre muito rápida. Em 2016, aconteceu uma grande festa para comemorar meio milhão de alunos. Para atender os seus clientes bem, é preciso inovação. É por isso que, com os passar dos anos, a Smart Fit passou a crescer mais do que o varejo, percentualmente. Ou seja, a marca Smart Fit era mais procurada no Google do que a categoria à qual pertence, que é “academias”. Outro destaque foi quando Edgard Corona foi indicado para representar o Brasil como Empreendedor do Ano pela Ernst & Young e também ganhou o Prêmio Líderes do Brasil 2016.
Mal haviam comemorado a ultrapassagem da marca histórica de meio milhão de alunos e o número de 1 milhão já se aproximava. A marca ia tomando conta do território latino-americano: chegou também na República Dominicana, Colômbia e Peru, sem falar no crescimento contínuo no Brasil. Isso tornou-a maior rede do mundo, depois dos Estados Unidos, e com o maior crescimento nos últimos 10 anos, segundo a IHRSA.
Enquanto isso, era hora de mudar algumas coisas na Smart Fit, a começar pela recepção, que ganhou o Smart Help para agilizar matrículas e funcionamento do atendimento em geral. Também foi criada uma área de relaxamento chamada Smart Spa e uma linha de bebidas funcionais para hidratação antes, durante ou após o treino, o Smart Energy.
O cliente é um só e vive em dois mundos: um físico (off) e outro digital (on). Com esta lógica, a Smart Fit criou, a partir de 2017, uma série de inovações tecnológicas para fazer parte da vida do cliente, e não só quando ele está na academia.
Foi neste ano que foi lançado o aplicativo Smart Fit Coach que, mais do que um simples aplicativo de treinos, se diferencia por ser feito com treinos montados pelos próprios professores da Smart Fit, gerando uma proximidade e identificação muito maior. A parceria com Google ficou ainda mais forte, a ponto da Smart Fit se tornar beta em todos os produtos da plataforma. Surgiu o projeto Online to Store, uma forma de venda inovadora, que traz o cliente que está fisicamente próximo de qualquer academia da marca através de promoções online.
Este foi o ano da inauguração da flagship da Smart Fit (e a primeira unidade a funcionar 24 horas) na Avenida Paulista, com direito a show da Anitta, rendendo 37,5 milhões de impactos online, centenas de pessoas ao vivo e o Prêmio Marketing Best 2018.
O show continuou na parceria com o FitDance, a maior comunidade de dança do mundo, uma plataforma online que ensina a dançar.
Outro sucesso que começou neste ano foi o Smart Truck, que leva aulas itinerantes em um caminhão através de cidades como São Paulo e Rio de Janeiro.
O ritmo de crescimento e inovação continuou em 2018. Surgiu o segundo aplicativo da Smart Fit, o Smart Nutri, com programas de nutrição para os clientes, além de uma nova versão do Smart Coach.
2019 foi um ano especial, a começar pela marca de 10 anos de Smart Fit que, nesta época, já estava em 11 países, Brasil, México, Guatemala, República Dominicana, Chile, Peru, Argentina, Colômbia, Equador, Paraguai e Panamá. Eram então 700 unidades na América Latinae 2,8 milhões de alunos, o que significa 700 mil novos alunos que nunca haviam treinado.
Os números melhoravam cada vez mais: quinta rede em número de alunos e terceira maior do mundo (IHRSA). Em dezembro deste ano, eram abertas 45 academias da Smart Fit ao mês, ou seja, uma a cada 16 horas.
Com esse ritmo alucinante, a passagem de 2019 para 2020 veio com um plano de expansão ambicioso: 238 novas unidades em apenas um ano e dois alunos matriculados por minuto.
A marca chegou a 12 países na América Latina, incluindo El Salvador. Ao todo, já contava com 18 mil colaboradores em todos os países.
Então veio 2020… e o mundo todo mudou.
O ano começou bem para o Grupo. Desde dezembro de 2019, havia rumores de uma síndrome respiratória aguda provavelmente transmitida por animais na China, mas ninguém deu muita importância. As coisas mudaram radicalmente em março de 2020, quando a Organização Mundial de Saúde declarou estado de pandemia mundial.
Mesmo antes de qualquer determinação governamental, o Grupo percebeu a gravidade da situação e em fevereiro fechou todas as mais de 700 academias na América Latina.
Todas as iniciativas online, que já estavam sendo desenvolvidas internamente, foram potencializadas neste momento. Em março, foi disponibilizada gratuitamente a plataforma Treine em Casa, que logo alcançou 22 milhões de usuários. O objetivo era fazer com que as pessoas continuassem se exercitando, mesmo em quarentena, já que é provado cientificamente que a atividade física melhora a imunidade do organismo.
Como tudo no mundo, a internet foi utilizada para manter o contato com clientes através das redes sociais, com aulas e eventos transmitidos ao vivo.
Os aplicativos já existentes foram “turbinados”. O Smart Fit Coach também passou a ter a sua versão Smart Coach online, com professores da Smart atendendo, montando treinos, tirando dúvidas, por um valor mensal muito mais acessível. Da mesma forma, o Smart Nutri Consulta Online surgiu como uma solução tecnológica de nutrição, com atendimento de nutricionista online, também com preços acessíveis.
A reabertura veio aos poucos, sempre seguindo os decretos de cada município, com as medidas de segurança mais rígidas.
O mundo não voltou ao normal. Talvez nem haja o tão falado “novo normal”. Talvez o melhor mesmo seja apenas “normal”. Enquanto isso, as academias e estúdios estão abertos, recebendo seus clientes e incentivando a atividade física. Agora, mais do que nunca, ficou claro que treinar não é só uma questão estética, mas principalmente de saúde.
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